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#056 – “Só queremos ser respeitados!”

Podcast do Patroni
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#056 - "Só queremos ser respeitados!"
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Basta uma conversa rápida pra perceber o quanto a pecuária e a rotina do campo encantam a Larissa Zem. Filha e neta de produtores rurais, ela cresceu acompanhando as conquistas e os desafios da fazenda da família em Vila Bela da Santíssima Trindade, oeste de Mato Grosso. O maior deles, aliás, teve início no fim dos anos 1990, com a criação – via decreto – do Parque Estadual Serra de Ricardo Franco. Com cerca de 156 mil hectares de extensão, o parque abrange não apenas áreas nativas, mas também aquelas que já estavam abertas há décadas, pegando parte – ou a totalidade – de mais de 160 propriedades rurais. E a fazenda da família da Larissa é uma delas.

Enquanto aguarda o desfecho desta história (que, entre outras coisas, envolve o território do Parque e o pagamento de indenizações aos produtores), ela segue orgulhosa de ser produtora rural. Mãe da pequena Lia, faz questão de levar a filha – sempre que possível – para o campo, mantendo a nova geração da família em contato com a agropecuária. Médica veterinária de formação, aprendeu ainda na infância a acordar cedo para apartar gado, entendendo que a vida rural exige esforço e muito trabalho para gerar resultados. Ao mesmo tempo em que ajuda a incorporar a produção de grãos na fazenda, antes exclusivamente focada na bovinocultura, ela mantém a esperança de que o o imbróglio envolvendo a polêmica criação do Parque Estadual Serra de Ricardo Franco seja resolvido em breve e devolva tranquilidade e segurança jurídica para os produtores envolvidos.

Como num desabafo, faz um pedido para aqueles que eventualmente criticam o agro sem conhecer a realidade do campo: assim como qualquer outro profissional, o produtor rural só quer ser respeitado!

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Link do vídeo citado pela Larissa durante a entrevista:

#055 – De olho no cártamo

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#055 - De olho no cártamo
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Uma bióloga com os pés na agronomia. É assim que a Juliana Espada resume a maneira como encara a profissão que escolheu. Paulistana de nascimento, ela afirma: tem o coração nordestino, paixão que é fruto da história que tem escrito no Rio Grande do Norte, onde mora desde o final de 2005. Professora titular da Universidade Federal no estado, há 13 anos ela tem se dedicado a encontrar caminhos para melhorar a realidade da agricultura naquela região, principalmente a da agricultura familiar. Para superar os desafios do cultivo no semiárido, buscou conhecimentos em Israel, país referência em tecnologia agrícola e otimização do uso de água. Com base no que viu e aprendeu, aumentou as apostas no plantio do cártamo e fala com entusiamo dos resultados já alcançados e dos que ainda estão por vir.

De origem asiática, a planta tem porte pequeno, baixa exigência de água e cresce muito bem em condições extremas. Com 43% de teor de óleo e produtividade que pode passar de 7 toneladas por hectare/ano, a oleaginosa tem despertado a atenção de pesquisadores como uma alternativa promissora para o cultivo economicamente viável no semiárido nordestino, despontando também como uma opção interessante para a segunda-safra no cerrado, especialmente em épocas de menor oferta de chuvas. 

 

#054 – “A sorte, às vezes, vem disfarçada”

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#054 - "A sorte, às vezes, vem disfarçada"
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“A sorte, às vezes, vem disfarçada” e a Kellen Severo não tem dúvida disso. Gaúcha de Uruguaiana, cidade da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, ela escolheu ainda cedo o jornalismo como profissão e contou com o apoio da família para superar barreiras e conseguir cursar a faculdade longe da casa. Em meio à frustração por não ter conseguido entrar numa universidade pública, precisou fazer estágios desde o início do curso pra ajudar a custear as despesas, o que também foi importante na construção das relações profissionais que viriam a gerar futuras indicações para vagas de emprego. E foi em uma dessas oportunidades que ela encontrou-se com o jornalismo agro, em plena capital paulista.  Era o ponto de partida para uma história de sucesso, escrita com capítulos na tv e no mundo digital, por uma comunicadora que mantém um pé no presente e um olhar no futuro, sempre buscando enxergar, construir e aproveitar as oportunidades com dedicação, intensidade e equilíbrio.

 

#053 – Pesquisar para desenvolver

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#053 - Pesquisar para desenvolver
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Neste episódio a conversa é com uma dupla de agrônomos do Rio Grande do Sul. Além da origem gaúcha, possuem em comum a paixão pela pesquisa que, na opinião de ambos, tem a missão de gerar informações e buscar soluções para os problemas enfrentados no campo. Com foco na área de sementes, ocupam cargos estratégicos em uma fundação criada no fim dos anos 90 e que desde então tem contribuído com o desenvolvimento da agricultura brasileira. 

Filha de pequenos produtores a Kassiana Kehl sempre entendeu a importância da busca pelo melhor potencial produtivo das plantações para os resultados de uma propriedade rural. Não à toa, decidiu seguir carreira na área de pesquisa agronômica. Situação parecida com a do Alexandre Levien, que mesmo não tendo vínculo de sangue com o campo, dedica tempo e alma aos trabalhos que podem apontar respostas e caminhos para o melhor desempenho da nossa agricultura.

Colegas de profissão há mais de uma década, eles falam sobre o orgulho e os desafios de quem trabalha com pesquisas e detalham um dos projetos da Fundação Pró-sementes, o ensaio de Cultivares em Rede de Soja, que pela primeira vez foi realizado também em Mato Grosso.

#052 – O que move as Agroligadas?

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#052 - O que move as Agroligadas?
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Filha de um domador de cavalos, a Geni sempre conviveu de maneira muito próxima com o agro. A escolha da profissão, no entanto, não teve relação com o campo: optou pela fisioterapia e por mais de uma década exerceu a atividade. Casada com um agricultor, ela se incomodou quando viu que o conteúdo que a filha estava aprendendo no ensino fundamental não condizia com a realidade do agronegócio. Foi o ponto de partida para a criação do Agroligadas, movimento que logo chamou a atenção da Melissa, uma mineira que mora desde os 13 anos de idade em Mato Grosso e que é da quarta geração de uma família de pecuaristas. Agrônoma de formação, ela imediatamente se identificou com os objetivos do novo grupo a passou a fazer parte dele. 

Defensoras do agro, elas representam pelo menos outras 800 mulheres que integram o projeto nascido em 2018 com a missão de conectar campo e cidade, por meio de ações educativas de comunicação, construindo pontes com amor, sensibilidade, responsabilidade e protagonismo. Nesta conversa relembram histórias do início do Agroligadas, falam sobre o trabalho que busca apresentar às pessoas que vivem na zona urbana o dia a dia da área rural, apontam os desafios dessa empreitada e comemoram as conquistas, geralmente associadas a mudança de postura de pessoas que criticavam o setor produtivo e que, após conhecê-lo, passaram a compreendê-lo e a respeitá-lo.

#051 – Revolução genética em 60 anos

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#051 - Revolução genética em 60 anos
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A ligação com a pecuária vem de berço, assim como a consciência de que o sucesso depende de esforço, coragem e um olhar adiante. Nascido e criado na região metropolitana de Londrina, no Paraná, Gabriel Garcia Cid carrega sobrenome conhecido no setor e se dedica para manter essa marca como sinônimo de trabalho constante em busca da evolução da atividade. Ele é membro da terceira geração de uma família que tem tradição no ramo. Uma história que começou a ser escrita há 60 anos, quando o avô dele fez parte de um grupo de criadores que apostou na importação de gado vivo da Índia como caminho para o aprimoramento da qualidade da nossa boiada. A herança desta iniciativa para a pecuária brasileira, com foco nas raças zebuínas, são assuntos do bate-papo. Diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel aponta a tecnologia e o melhoramento genético como principais ferramentas capazes de promover o crescimento da pecuária brasileira e garantir a rentabilidade dos negócios, mesmo nos momentos em que os altos custos ameaçam a receita das propriedades.

#050 – O retorno à vocação

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#050 - O retorno à vocação
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Texto bem elaborado e narração cadenciada! Como um contador de histórias, o Olmir Cividini tem a habilidade de transformar notícias do agro em informações interessantes e compreensíveis até mesmo para aqueles que não conhecem a realidade de uma propriedade rural. Herança, provavelmente, do conhecimento que acumulou no magistério e nos cursos de pedagogia, filosofia e teologia… além, é claro, da faculdade de jornalismo. Natural de Salto Veloso, pequena cidade no meio-oeste de Santa Catarina, mudou-se para Mato Grosso nos anos 90 e daqui não arredou mais o pé. Durante mais de uma década esteve à frente do extinto MT Rural, programa que foi referência no agro-jornalismo na tv aberta no estado. Dez anos depois de dar um tempo na carreira para alçar novos vôos em outras áreas, ele retornou para a frente das câmeras – em um novo projeto – para falar sobre o setor que admira e que faz parte da vida dele. Diz que voltou a fazer o que mais gosta: informar, discutir e analisar os assuntos do campo.

#049 – Das viúvas da seca às riquezas do campo

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#049 - Das viúvas da seca às riquezas do campo
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“O produtor rural brasileiro precisa aprender a parar de perder dinheiro para os especuladores!” O alerta é de um dos ícones do jornalismo agro do país, nosso convidado deste episódio. Rosto conhecido de norte a sul do Brasil, João Batista Olivi afirma que a maioria absoluta dos agricultores não faz uso de ferramentas de proteção de preços, o que estaria abrindo brechas para que boa parte da riqueza produzida nos nossos campos não fique por aqui. Para mudar isso, aponta o investimento em educação financeira como um dos caminhos, assunto que tem levado diariamente para o programa que apresenta.

Neste bate-papo também fala sobre carreira, relembra histórias e bastidores da profissão, reportagens que o emocionaram e os motivos que o tornaram um dos grandes defensores do agro. Filho de um vendedor de pipocas, nasceu no interior paulista, numa região com destaque na produção de cana-de-açúcar. O perfil comunicador revelou-se ainda na infância, quando gostava de repetir – com jeitão de apresentador – as notícias que ouvia no rádio da avó. Quem o vê hoje na tv, internet ou mesmo em palestras e eventos, logo percebe o orgulho que ele sente do agro, setor que gera oportunidades. Aos 70 anos de idade, mantém o olhar crítico, a voz firme e um bordão que o acompanha há tempos: vamos em frente e viva o Brasil.

#048 – Uma alternativa para segunda safra

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#048 - Uma alternativa para segunda safra
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Planta originária das regiões tropicais da África e da Ásia, o gergelim chegou ao Brasil pelas mãos dos portugueses em meados do século 16. Considerada rústica, a cultura tolera solos menos férteis e como é eficiente no uso da água, tornou-se uma opção atrativa para cultivo na segunda safra, apesar de desafios como a carência de cultivares com maior potencial produtivo. Quem explica tudo sobre o gergelim neste episódio é o Alex Luviseto, engenheiro agrônomo que trabalha com o gergelim e mais de 20 outras outras culturas.

Filho de agricultores familiares do Rio Grande do Sul, ele nunca projetou um futuro distante do campo. Na infância, repetia com os brinquedos o cenário e a rotina dos pais na propriedade rural. Quando formou-se técnico agrícola, começou a transformar a realidade da área da família e, a partir daí, seguiu carreira orientando outros produtores e os ajudando a melhorar os resultados na agricultura. A formação em agronomia, anos mais tarde, validou e ampliou ainda mais o conhecimento acumulado. Orgulhoso da história que tem escrito, acredita que tem um dom. O dom de enxergar e sugerir os caminhos para que o agricultor consiga produzir mais!

#047 – Estamos nos sentindo abandonados

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#047 - Estamos nos sentindo abandonados
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O sorriso fácil e a simpatia são características que logo chamam a atenção de quem conhece o Custódio Rodrigues. Nascido no interior de São Paulo, ele conserva a maneira simples de falar, capaz de tornar toda conversa uma boa prosa. Neste bate-papo revela histórias do início da jornada profissional, afirma que foi bom de bola – chegando a jogar em times do interior paulista – e relembra os caminhos que o levaram à Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso, onde ocupa o cargo de diretor-executivo. Ao falar sobre o cenário desafiador da suinocultura diante de uma das piores crises das últimas décadas, alerta que os criadores acumulam prejuízo de mais de R$ 300 a cada animal entregue para abate, o que tem como consequência o fechamento de algumas granjas e o abandono da atividade. Ele reforça que o setor já apontou aos governos Estadual e Federal, uma lista de medidas emergenciais que poderiam amenizar a crise, mas que até agora não saíram do papel… e desabafa: neste momento a sensação é de abandono!