
Filha de um domador de cavalos, a Geni sempre conviveu de maneira muito próxima com o agro. A escolha da profissão, no entanto, não teve relação com o campo: optou pela fisioterapia e por mais de uma década exerceu a atividade. Casada com um agricultor, ela se incomodou quando viu que o conteúdo que a filha estava aprendendo no ensino fundamental não condizia com a realidade do agronegócio. Foi o ponto de partida para a criação do Agroligadas, movimento que logo chamou a atenção da Melissa, uma mineira que mora desde os 13 anos de idade em Mato Grosso e que é da quarta geração de uma família de pecuaristas. Agrônoma de formação, ela imediatamente se identificou com os objetivos do novo grupo a passou a fazer parte dele.
Defensoras do agro, elas representam pelo menos outras 800 mulheres que integram o projeto nascido em 2018 com a missão de conectar campo e cidade, por meio de ações educativas de comunicação, construindo pontes com amor, sensibilidade, responsabilidade e protagonismo. Nesta conversa relembram histórias do início do Agroligadas, falam sobre o trabalho que busca apresentar às pessoas que vivem na zona urbana o dia a dia da área rural, apontam os desafios dessa empreitada e comemoram as conquistas, geralmente associadas a mudança de postura de pessoas que criticavam o setor produtivo e que, após conhecê-lo, passaram a compreendê-lo e a respeitá-lo.