
Uma bióloga com os pés na agronomia. É assim que a Juliana Espada resume a maneira como encara a profissão que escolheu. Paulistana de nascimento, ela afirma: tem o coração nordestino, paixão que é fruto da história que tem escrito no Rio Grande do Norte, onde mora desde o final de 2005. Professora titular da Universidade Federal no estado, há 13 anos ela tem se dedicado a encontrar caminhos para melhorar a realidade da agricultura naquela região, principalmente a da agricultura familiar. Para superar os desafios do cultivo no semiárido, buscou conhecimentos em Israel, país referência em tecnologia agrícola e otimização do uso de água. Com base no que viu e aprendeu, aumentou as apostas no plantio do cártamo e fala com entusiamo dos resultados já alcançados e dos que ainda estão por vir.
De origem asiática, a planta tem porte pequeno, baixa exigência de água e cresce muito bem em condições extremas. Com 43% de teor de óleo e produtividade que pode passar de 7 toneladas por hectare/ano, a oleaginosa tem despertado a atenção de pesquisadores como uma alternativa promissora para o cultivo economicamente viável no semiárido nordestino, despontando também como uma opção interessante para a segunda-safra no cerrado, especialmente em épocas de menor oferta de chuvas.