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Um espaço onde a agro informação é debatida com quem entende! Neste podcast o jornalista Luiz Patroni conversa com produtores rurais e especialistas sobre temas de destaque no agronegócio. Tendências de mercado, gestão, tecnologia, empreendedorismo, logística, pesquisas que movimentam o campo. A cada semana um episódio novo com análises, histórias e exemplos de como superar desafios e enxergar oportunidades. Aqui o bate-papo vai além da notícia.

#116 – Ecossistema biometano

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#116 - Ecossistema biometano
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Produzir na fazenda o combustível que alimenta a frota de tratores e caminhões, gerando economia e menor emissão de carbono. Tecnologia já presente numa propriedade em Mato Grosso do Sul, que transforma dejetos suínos em biometano, um gás natural renovável obtido com a purificação do biogás produzido nos biodigestores instalados por lá.

Assunto do bate-papo com Antonello Moscatelli, consultor que liderou o desenvolvimento do chamado “ecossistema biometano”, um conjunto de equipamentos que faz esta transformação e que pode ajudar a garantir a independência energética no campo.

Italiano nascido em Milão, Moscatelli tem nas veias a paixão pelo agro. O cultivo de uvas e a produção de vinhos é uma tradição que soma alguns séculos na família dele, que mesmo não seguindo os passos dos antepassados, viu a carreira profissional – focada em energias renováveis – direciona-lo para o campo.

No Brasil há dez anos, admira e elogia e força da nossa agropecuária, exemplo de eficiência e sustentabilidade, com espaço amplo para adotar a tecnologia que ajudou a criar.

#115 – Etanol de milho

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#115 - Etanol de milho
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Quando começou a vir para Mato Grosso como estagiário, no início dos anos 90, o Guilherme Nolasco não imaginava os rumos que a carreira tomaria. De lá pra cá, o médico-veterinário agregou a administração rural no currículo, foi gerente do setor agropecuário de uma grande empresa do ramo de bebidas, tornou-se pecuarista e foi vice-presidente da Associação dos Criadores do Estado. Tempos depois, deixou a bovinocultura, presidiu o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso e o Instituto Mato-grossense da Carne.

Há quase 4 anos é o presidente-executivo da União Nacional do Etanol de Milho, a Unem, representando as agroindústrias que enxergaram o potencial da transformação do grão dourado em biocombustível, numa atividade considerada exemplo de sucesso do conceito de economia circular.

A produção de energia renovável, aliás, é uma das vocações do Brasil. E o etanol que tem o milho como matéria-prima é um dos exemplos. Neste ano safra, sairão das indústrias nada menos que 6 bilhões de litros do biocombustível. Volume que tende a dobrar nos próximos anos. O processamento do grão gera ainda o óleo do cereal e um farelo rico em proteína, usado na alimentação animal. Um mix de produtos de valor agregado que ajuda a viabilizar o negócio e a impulsionar a economia do país.

#114 – “No pé do eito”

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#114 - "No pé do eito"
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Ele diz que o agro é contagiante e não esconde a paixão pelo setor que acompanha há quase duas décadas. Admiração que nasceu com as letras das músicas caipiras, sempre presentes nos churrascos da família, onde a roda de viola é item obrigatório. Filho de professora e de bancário, escolheu o jornalismo como profissão. Sul-mato-grossense, vive hoje em São Paulo – na “floresta de cimento armado” – como define, mas constantemente roda o país para fazer o que mais gosta: comunicar a realidade do campo sob a ótica de quem entende que todo esforço é capaz de gerar grandes transformações.

Quando fala sobre agro jornalismo, o Marco Ribeiro enaltece o privilégio que é poder ouvir as histórias de vida e de como as pessoas que entrevista conseguiram melhorar a própria realidade. Durante a carreira, já ouviu muitas nas quase mil fazendas que visitou. Testemunhou desafios, superações e a evolução da nossa agropecuária. Em especial a da bovinocultura, que acompanha mais de perto. No bate-papo, ressalta que todo comunicador precisa ser um agente de transformação, usando como ferramenta a informação que vira conhecimento.

#113 – Superando a dor do crescimento

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#113 - Superando a dor do crescimento
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Qual o caminho e como dar os primeiros passos para transformar uma propriedade rural familiar em uma empresa? Como saber o melhor momento para iniciar este processo e, claro, se vale a pena investir nele? Quais as principais mudanças na maneira de gerenciar o empreendimento, administrar crises, planejar o futuro e também a sucessão?

Perguntas que a Beatriz Brito têm respondido há vários anos, com base no que aprendeu e – principalmente – vivenciou. Administradora por formação com carreira focada no desenvolvimento humano, ela é da quinta geração de uma família com tradição na pecuária e que há aproximadamente uma década, mudou o jeito de enxergar e conduzir o rumo dos negócios no campo.

Quando lembra da infância na fazenda em Mato Grosso do Sul, se emociona. As memórias encurtam a distância entre São Paulo – onde mora atualmente – e o estado onde nasceu. Também trazem de volta a história da família, hoje referência em empreendedorismo no agro. Com propriedades em Bonito e Campo Grande, a Laudejá Agronegócios incorporou – com sucesso – uma governança mais corporativa, dando ainda mais ênfase à responsabilidade social e ambiental.

No bate-papo revela desafios e estratégias durante esta trajetória que, entre outras coisas, transformou o perfil da pecuária – antes extensiva – em um confinamento com mais de 7 mil animais, entre próprios e de terceiros, o que abriu espaço para o investimento na agricultura, que hoje ocupa mais de 3 mil hectares nas terras da empresa.

#112 – Pecuária orgânica e sustentável

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#112 - Pecuária orgânica e sustentável
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Ele nasceu numa cidade que é um dos símbolos do Pantanal sul-mato-grossense. Mas foi só depois de passar quase um ano vivendo numa fazenda, que o Eduardo Cruzetta realmente conseguiu conhecer a realidade do bioma e as características da bovinocultura pantaneira. Experiência fundamental para o trabalho conduzido na propriedade e também na Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica, que preside atualmente.

Criada há pouco mais de 20 anos, a ABPO, adotou como missão a busca do reconhecimento pela produção diferenciada no Pantanal, com foco no consumidor preocupado com a segurança alimentar e com a sustentabilidade ambiental e social, que pode ajudar a garantir a sobrevivência da cultura pantaneira e a permanência do homem no campo, melhorando também a rentabilidade da atividade na região.

Construindo alianças e projetos, o grupo batalha para fortalecer ainda mais a produção da carne sustentável do Pantanal e para agregar valor ao produto, comprovando que a atividade desenvolvida há séculos num dos biomas mais encantadores do mundo é sustentável e conservacionista. Entre desafios e conquistas, uma certeza: a de que não faltam motivos para alcançar esse objetivo!

#111 – Em constante crescimento

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#111 - Em constante crescimento
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Depois da disparada recorde do preço dos fertilizantes no ano passado, a nova safra será plantada com o insumo mais barato. Em Mato Grosso, estima-se que a despesa média por hectare com adubos e corretivos na produção de soja fique cerca de 20% mais em conta que na última temporada. O problema é que os grãos também perderam valor, o que mantém o cálculo apertado. O item corresponde a mais de 40% do chamado custeio de uma lavoura, que ainda envolve gastos com sementes, defensivos, operações mecanizadas e mão de obra. O assunto é destaque do bate-papo com o presidente de uma empresa que produzia 200 mil toneladas de fertilizantes há uma década e que pretende colocar no mercado nada menos que 3 milhões de toneladas este ano.

Aliás, quando o tema é fertilizantes o Santiago Franco aconselha: “compre apenas o que for preciso… nem mais e nem menos. E adquira o insumo quando necessário, nunca fora de época”. Ele afirma que não é jogo fazer especulações nesse mercado e reforça que é fundamental conhecer as características do solo a ser cultivado para mantê-lo sempre com a quantidade ideal de nutrientes, evitando ameaças ao potencial produtivo da futura lavoura.

Filho de cafeicultores, o executivo nascido no interior da Colômbia é formado em agronomia e queria ser fazendeiro. Só que um fracasso no início da jornada no campo mudou os rumos. Num misto de “necessidade e coincidência” – como ele mesmo define – encontrou o caminho da carreira comercial no agro, de onde não saiu mais. Acumulando experiências, enxergou oportunidades que o trouxeram ao Brasil há quase 11 anos para liderar uma indústria que só no ano passado, faturou quase R$ 8 bilhões.

#110 – Expansão consistente e promissora

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#110 - Expansão consistente e promissora
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Do triângulo mineiro, para Mato Grosso. Da medicina-veterinária, para o cultivo de peixes. As mudanças na vida do Francisco Medeiros vieram com o tempo, mas não foram ao acaso. Derivaram da percepção da existência de novas oportunidades, agarradas com dedicação. Na piscicultura, tornou-se referência na defesa dos interesses do setor e na busca pela abertura de novos mercados. À frente da Peixe BR desde 2015, tem exercido papel importante no fortalecimento desta cadeia produtiva, que já começa a avançar nas exportações e projeta ganhar cada vez mais espaço no prato do consumidor brasileiro.

A expansão da piscicultura é consistente e promissora. Na última década o cultivo de peixes no Brasil cresceu a uma taxa média de 4,5% ao ano. Em 2022 foram mais de 860 mil toneladas, que geraram cerca de R$ 9 bilhões em receita. O país já o quarto maior produtor mundial de tilápia. A espécie, exótica por aqui, representa 64% da produção nacional. A nossa “tilapicultura”, aliás, é considerada a mais tecnológica do planeta, com produtividade muito superior à média registrada em outros países. Neste episódio, você vai conhecer as principais características, desafios e expectativas desta cadeia produtiva, que tem potencial de sobra para manter-se em crescimento expressivo pelas próximas 3 décadas.

#109 – “O maior desafio da minha vida”

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#109 - "O maior desafio da minha vida"
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Quando mudou-se para Mato Grosso, no início dos anos 90, a Luciane Bertinatto sabia que a agricultura faria parte de vez da vida dela. A paranaense só não imaginava que, anos mais tarde, tornaria-se responsável por orientar e cobrar outros produtores rurais a buscarem a regularização ambiental das propriedades. Com desempenho reconhecido na função, a agricultora chegou ao cargo de secretária adjunta de gestão ambiental do Estado.

Transparente, diz que esse é o maior desafio que já enfrentou. Mas deixa claro o quanto está empenhada em superar todos os obstáculos desta jornada, com o olhar de quem conhece a realidade do lado de dentro da porteira e a voz de quem sabe como defender a importância de estar em dia com a legislação ambiental.

Dos mais de 70 mil Cadastros Ambientais Rurais já analisados pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso, pelo menos 20 mil foram suspensos por terem apresentado algum tipo de pendência e o responsável não ter se manifestado no prazo estabelecido. O documento, obrigatório, atesta o compromisso do produtor rural com a legislação ambiental. Sem ele, o acesso a financiamentos e a compradores fica mais difícil.

Neste episódio, você vai entender por que esta realidade é preocupante e vai conhecer as estratégias do Estado para agilizar a análise e a validação dos milhares de cadastros que ainda estão na fila e, principalmente, tornar mais próxima a relação com quem está no campo, usando como ferramentas o diálogo e a educação ambiental.

#108 – “Quem não acompanha a evolução, fica para trás”

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#108 - "Quem não acompanha a evolução, fica para trás"
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Ele diz que não costuma olhar para trás. Gosta de focar adiante e sabe o quanto o planejamento é fundamental para alcançar um objetivo. Neto de cafeicultores, apaixonou-se pela pecuária. Faz cria, recria e engorda de animais. Ciente de que toda crise é cíclica, encara com naturalidade os desafios do setor. Mas reforça que para vencê-los, é preciso estar preparado e “saber o tamanho das próprias pernas” para não ficar pelo caminho.

A primeira semana de junho traz lembranças para o “seo” José João Bernardes. Foi no dia 6 deste mês, há 45 anos, que o paulista de Jardinópolis iniciou a própria história em Mato Grosso, como fiscal da Receita Federal. Por aqui construiu família, prosperou na carreira e tornou-se pecuarista com papel de liderança no setor. Otimista com os pés no chão, analisa riscos e oportunidades antes de tomar decisões, sempre baseadas em muita informação e conhecimento sobre o próprio negócio. Acredita que o futuro do agro brasileiro é muito próspero, mas alerta: quem não acompanhar o processo de evolução da atividade, vai ficar para trás.

#107 – Desmistificando o uso do calcário

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#107 - Desmistificando o uso do calcário
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Celeiro de grãos no país, o cerrado precisou ser domesticado para tornar-se produtivo. E essa transformação teve como uma das peças centrais o calcário, usado para corrigir a acidez do solo e também aumentar a eficiência da adubação. O papel de destaque lhe-rendeu um dia comemorativo, 24 de maio, instituído pelo Governo Federal em 2011 para conscientizar o produtor sobre a importância da calagem na agricultura.

Responsável por 20% da produção nacional do insumo, Mato Grosso tem aumentado o uso do produto. Mas será que a aplicação está sendo feita com a quantidade apropriada? Assunto do bate-papo com o Anderson Lange, que há quase uma década conduz pesquisas com calcário. O ponto de partida foi analisar se a aplicação convencional adotada no cerrado, em torno de 2,5 toneladas por hectare, era a mais indicada.

Os resultados apontaram que dá pra aumentar muito esse volume, obtendo uma série de benefícios – como o ganho de produtividade, por exemplo. Dali em diante, o paranaense de Guarapuava – que quando criança quis plantar o próprio pomar de morangos – não parou de estudar as consequências e vantagens da intensificação do uso do insumo. Conhecimento que ele divide agora com a gente.