
Quando começou a vir para Mato Grosso como estagiário, no início dos anos 90, o Guilherme Nolasco não imaginava os rumos que a carreira tomaria. De lá pra cá, o médico-veterinário agregou a administração rural no currículo, foi gerente do setor agropecuário de uma grande empresa do ramo de bebidas, tornou-se pecuarista e foi vice-presidente da Associação dos Criadores do Estado. Tempos depois, deixou a bovinocultura, presidiu o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso e o Instituto Mato-grossense da Carne.
Há quase 4 anos é o presidente-executivo da União Nacional do Etanol de Milho, a Unem, representando as agroindústrias que enxergaram o potencial da transformação do grão dourado em biocombustível, numa atividade considerada exemplo de sucesso do conceito de economia circular.
A produção de energia renovável, aliás, é uma das vocações do Brasil. E o etanol que tem o milho como matéria-prima é um dos exemplos. Neste ano safra, sairão das indústrias nada menos que 6 bilhões de litros do biocombustível. Volume que tende a dobrar nos próximos anos. O processamento do grão gera ainda o óleo do cereal e um farelo rico em proteína, usado na alimentação animal. Um mix de produtos de valor agregado que ajuda a viabilizar o negócio e a impulsionar a economia do país.