
Depois da disparada recorde do preço dos fertilizantes no ano passado, a nova safra será plantada com o insumo mais barato. Em Mato Grosso, estima-se que a despesa média por hectare com adubos e corretivos na produção de soja fique cerca de 20% mais em conta que na última temporada. O problema é que os grãos também perderam valor, o que mantém o cálculo apertado. O item corresponde a mais de 40% do chamado custeio de uma lavoura, que ainda envolve gastos com sementes, defensivos, operações mecanizadas e mão de obra. O assunto é destaque do bate-papo com o presidente de uma empresa que produzia 200 mil toneladas de fertilizantes há uma década e que pretende colocar no mercado nada menos que 3 milhões de toneladas este ano.
Aliás, quando o tema é fertilizantes o Santiago Franco aconselha: “compre apenas o que for preciso… nem mais e nem menos. E adquira o insumo quando necessário, nunca fora de época”. Ele afirma que não é jogo fazer especulações nesse mercado e reforça que é fundamental conhecer as características do solo a ser cultivado para mantê-lo sempre com a quantidade ideal de nutrientes, evitando ameaças ao potencial produtivo da futura lavoura.
Filho de cafeicultores, o executivo nascido no interior da Colômbia é formado em agronomia e queria ser fazendeiro. Só que um fracasso no início da jornada no campo mudou os rumos. Num misto de “necessidade e coincidência” – como ele mesmo define – encontrou o caminho da carreira comercial no agro, de onde não saiu mais. Acumulando experiências, enxergou oportunidades que o trouxeram ao Brasil há quase 11 anos para liderar uma indústria que só no ano passado, faturou quase R$ 8 bilhões.