
Uma corrida contra o relógio! É assim que o vice-presidente da Aprosoja-MT define o atual momento vivido por grande parte dos agricultores do estado, que devem enfrentar dificuldades para pagar dívidas de custeio e investimento após a frustração com a safra de soja. Além da quebra da produção, que deve girar entre 15% e 20%, a retração acentuada dos preços do grão torna o cenário ainda mais delicado.
Com a aproximação da data de vencimento das primeiras parcelas dos empréstimos, o campo ainda aguarda uma reposta efetiva do Governo Federal ao pedido de ajuda feito no fim de janeiro, ressaltando que a demora pode comprometer não apenas a saúde financeira do setor, mas também a das cidades, provocando um efeito cascata na economia mato-grossense.
Neto de pecuarista, o Luiz Bier herdou do avô a vocação para o agro mesmo crescendo longe da área rural. Filho de um médico e uma comerciante, o paranaense começou a aproximar-se do campo a partir da paixão por cavalos, compartilhada com o pai. Ao receber o diploma de agrônomo, mudou-se para Mato Grosso para trabalhar com pecuária nas fazendas da família. Anos mais tarde, iniciou o cultivo de soja. A primeira safra foi recheada de desafios, mas o encantou. Ali ele entendeu porque dizem que – além de otimista – todo agricultor tem que ser resiliente.