
Responsável por 70% do algodão produzido no Brasil, Mato Grosso está em plena colheita das lavouras. O trabalho tem início em meados de junho e se estende até setembro. Além do campo, as algodoeiras também ficam movimentadas nesta época, beneficiando a produção. Outro trabalho intenso acontece nas usinas de deslintamento das sementes. Elas fazem a remoção do línter – uma fibra bem curtinha que fica grudada no caroço do algodão após o beneficiamento. Este subproduto é muito usado na fabricação de papel moeda, de tecidos cirúrgicos e na indústria de tintas, por exemplo, e precisa ser retirado da semente por uma série de motivos, como você vai entender no bate-papo com a Patrícia Brunetta, especialista nesta área.
Ela diz que o amor pela produção de sementes começou ainda na graduação, assim como o contato mais próximo com a cultura do algodão. Agrônoma com doutorado em ciências genômicas e biotecnologia, ala de maneira fácil sobre processos químicos e físicos que certamente são desconhecidos por muita gente. Resultado da experiência acumulada durante quase 2 décadas.
Didaticamente, explica as diferentes tecnologias usadas no deslintamento da semente do algodão e como foi possível transformar o resíduo que era um passivo ambiental em adubo orgânico e fonte de energia para a fábrica. Um exemplo de sustentabilidade!