Podcast do Patroni
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#071 - Quem tem memória tem história
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A camisa branca, de gola azul marinho e símbolo da Empaer no peito, foi durante décadas uma espécie de segunda pele para o “seo” Hortêncio Paro. E foi com ela que me recebeu para esta entrevista na casa dele, onde tem passado os dias desde que aderiu ao programa de demissão voluntária da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural, no ano passado. Prova simples de que, mesmo aposentado, mantém orgulho do trabalho que exerceu durante uma vida dedicada ao agro.

Os passos lentos do portão até a sala revelam os efeitos do tempo na saúde. Aos 78 anos, já não tem mais o mesmo pique de outrora. Mas a memória deste agrônomo parece não ter sentido muito o passar dos anos. Sentado à mesa – que assim como o sofá está forrada de cartazes de dias de campo que organizou e participou – relembra momentos importantes da agricultura mato-grossense. Cita nomes, datas, iniciativas e eventos que considera terem sido decisivos para a evolução de culturas como a soja e o algodão.

Sobre o trigo, uma das paixões dele, destaca o papel da pesquisa para tornar o cultivo tecnicamente viável no cerrado… mas reforça que, sem moinhos instalados por aqui, não haverá viabilidade econômica no negócio.

Na conversa, fala que não quer deixar que o tempo apague as lembranças e a história que ajudou a escrever e que tem relação direta com a transformação do cerrado em um grande celeiro de grãos. E anuncia o desejo de voltar a contribuir com o agro, afirmando que todo ser humano precisa sentir-se útil para ser feliz!

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