Foi no sítio em Espigão do Oeste, no interior de Rondônia, que o Fábio Pittelkow aprendeu que a rotina no campo é puxada e exige muita dedicação. Filho de pequeno produtor e de uma professa, ele também entendeu cedo que é importante dar valor às oportunidades de estudar. Unindo as próprias raízes, adquiriu conhecimento para contribuir com o desenvolvimento do agro. É engenheiro agrônomo, com mestrado e doutorado e há mais de uma década trabalha com pesquisa agrícola no médio-norte de Mato Grosso, região responsável por quase 30% de toda soja e mais de 40% de todo milho produzidos no estado.
A colheita do milho segunda safra, aliás, está na reta final em Mato Grosso. E este ano, alguns temas colocaram os agricultores em alerta. Um deles, não é novidade mas sempre incomoda e gera prejuízos: a falta de espaço para guardar a produção que sai do campo. O outro, mais recente, é o aumento da incidência da cigarrinha do milho nas lavouras. O inseto é vetor de patógenos que comprometem o desempenho das plantações. Os dois assuntos são bastante conhecidos pelo Fabio, que é diretor de pesquisas da Fundação Rio Verde. No bate papo, ele fala sobre os riscos e impactos do armazenamento de milho a céu aberto e também reforça a importância da eliminação do chamado “milho tiguera”, como medida fundamental para tentar conter a multiplicação da cigarrinha durante a entressafra da cultura.